Centenas de trabalhadores do McDonald’s protestam nesta terça-feira contra a rede de fast-food em cerca de 30 cidades dos Estados Unidos, denunciando que ela rouba seus salários de diferentes formas.
Empregados dos restaurantes operados por essa empresa em Nova York, Memphis, Milwaukee, Oakland e Sacramento, entre outras, saíram às ruas no momento em que o McDonald’s enfrenta um processo em três estados pela mesma prática ilegal.
Os recursos legais foram interpostos na semana passada nos territórios da Califórnia, Michigan e Nova York e detalham as diferentes maneiras em que o McDonald’s rouba os salários de seu pessoal.
A corporação comprometeu-se a pesquisar essas denúncias e adotar as medidas necessárias contra os responsáveis.
No protesto desta terça-feira também foi exigido à oposição republicana do Congresso estadunidense que aprove o aumento do salário mínimo para 15 dólares a hora e divulgou-se ao público a situação dos direitos dos trabalhadores de escassos rendimentos econômicos.
A empresa paga cerca de US$ 7,25 dólares por hora e à diferença de seus colegas de outros estabelecimentos do ramo, proibe o funcionário de receber gorjetas.
Esse setor em julho, agosto e dezembro passados também protagonizou intensos protestos pelas mesmas demandas salariais, recebendo o apoio de ativistas, organizações sociais e legisladores democratas.
Seus líderes denunciaram então que enquanto a indústria da fast-food está no auge, obtém lucros de até US$ 200 bilhões ao ano e tem perspectivas de crescer em 12 por cento até 2018, os trabalhadores estão à beira da pobreza com salários baixos que não lhes são suficientes para viver.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pressiona o Congresso para aprovar um aumento salarial de pelo menos US$ 10,10 por hora com o objetivo de reduzir a cada vez maior desigualdade econômica, a qual qualificou como o principal desafio que enfrenta a maior potência do mundo.
Segundo Obama, essa iniciativa tem apoio majoritário entre os cidadãos e, caso seja aprovada, beneficiaria mais de 28 milhões de pessoas.
Fonte: Prensa Latina