Receita da Arcos Dorados, que opera o McDonald’s na América Latina, cresce 10 vezes mais que a da companhia americana dona da marca
Márcio Juliboni, de Exame.com
McDonald’s: Brasil engordou resultados da Arcos Dorados na América Latina
São Paulo – Quando o McDonald’s vendeu as operações da América Latina para a Arcos Dorados, em 2007, alguns chegaram a afirmar que os americanos haviam se livrado de “um mico”. Seis anos depois, porém, a Arcos Dorados está crescendo dez vezes mais rápido que o McDonald’s Corporation, o “McDonald’s original”. E o Brasil tem um papel de destaque nisso.
Atualmente, a Arcos Dorados administra 1.971 restaurantes na América Latina e Caribe. No critério de “vendas comparáveis”, que mede o desempenho das lojas abertas há, pelo menos, 12 meses, a expansão foi de 11,6% no segundo trimestre, ante o mesmo período do ano passado.
A taxa é muito maior que o mirrado 1% que o McDonald’s Corporation obteve de crescimento nas “vendas comparáveis” neste trimestre. Após deixar a América Latina para a Arcos Dorados, o McDonald’s “original” opera nos Estados Unidos, Europa e Ásia, por meio de lojas próprias e franquias.
Tempero brasileiro
A receita total da Arcos Dorados, 989,2 milhões de dólares no segundo trimestre, marca uma expansão de 9,4%. Novamente, os números do McDonald’s “original” ficaram para trás, com um crescimento de apenas 2%. É claro que, em valores absolutos, o verdadeiro patrão do Ronald McDonald’s fechou junho com uma receita bem maior, de 7,083 bilhões de dólares.
No relatório de resultados, a Arcos Dorados destaca a contribuição do Brasil. O país respondeu por 46% da receita total do McDonald’s latino, ou 459 milhões de dólares no trimestre, gerados por 746 restaurantes. A cifra foi 9,4% maior. No critério de “vendas comparáveis”, o desempenho foi ainda maior: 10%.
Apenas uma região cresceu mais que o Brasil nos negócios da Arcos Dorados neste trimestre, a chamada SLAD, que agrupa Argentina, Chile, Peru, Equador e Uruguai. A receita subiu 14,3%, mas é preciso lembrar que os 235,2 milhões de dólares gerados representam praticamente metade do que o Brasil aporta para a empresa.
