
Protesto da Força alerta para prejuízos da reforma previdenciária
O Dia Internacional da Mulher é celebrado anualmente em 8 de março. Porém, neste ano as trabalhadoras brasileiras têm pouco a comemorar, pois, mais uma vez, seus direitos estão ameaçados. Agora, o que está na mira é o direito sagrado à aposentadoria.
O governo Jair Bolsonaro e sua equipe econômica apresentaram em 20 de fevereiro a PEC 06/2019, que altera de modo profundo a Previdência Social.
O texto enviado ao Congresso Nacional aumenta o tempo de contribuição e cria a idade mínima para se obter o benefício previdenciário. Ele prejudica sobretudo as mulheres. O tempo de contribuição mínimo aumentará de 15 para 20 anos. No caso das mulheres, além desse aumento do tempo de contribuição, a proposta eleva de 60 para 62 anos a idade mínima para as que forem se aposentarem por idade. Para conseguir o valor integral da aposentadoria será necessário contribuir longos 40 anos.
Desigualdade – Segundo nosso presidente Francisco Calasans Lacerda, ao aumentar o tempo de contribuição e a idade mínima para obtenção do benefício, a reforma ignora a situação enfrentada pelas mulheres que desempenham dupla jornada e sofrem com a desigualdade no mercado de trabalho. Ele afirma: “As trabalhadoras estudam mais, ganham menos e passam mais tempo ocupadas com tarefas domésticas do que os homens”.
Além disso, Calasans lembra que, no setor hoteleiro, garçonetes, arrumadeiras, camareiras, entre outras, além de enfrentarem uma rotina pesada de trabalho, ainda são muitas vezes chefes de família. “As companheiras da categoria têm uma rotina pesada de trabalho, por isso precisam ter seus direitos preservados, sobretudo o direito à aposentadoria. E neste Dia Internacional da Mulher, o Sinthoresp reforça mais uma vez a defesa dos direitos e das conquistas históricas de nossas trabalhadoras”, diz Calasans.