O Sinthoresp marcou presença no Encontro Nacional de Mulheres da Força Sindical. As mulheres trabalhadoras em bares, hotéis, restaurantes e setores similares foram representadas pela nossa vice-presidente Elisabete Cordeiro e pela advogada de assuntos coletivos, Yasmin Ferreira.
O evento, que reuniu centenas de mulheres, foi palco de discussões fundamentais sobre misoginia e igualdade salarial entre homens e mulheres. Segundo dados do IBGE, compartilhados pela Força Sindical, as mulheres no Brasil recebem em média apenas 22% do que os homens ganham. Essa disparidade se amplifica quando analisamos cargos de gerência e diretoria, onde as mulheres alcançam apenas 61,9% do rendimento de seus colegas masculinos. A realidade é ainda mais desafiadora para as mulheres negras, que percebem uma média salarial inferior a metade do recebido por homens brancos, registrando apenas 46%.
A Ministra da Mulher, Cida Gonçalves, destacou a importância da pauta do governo voltada para a igualdade salarial entre os gêneros, conforme a Lei nº 14.611/23, e o combate à violência contra a mulher, especialmente o feminicídio. “Fizemos a luta para elaborar a Lei, aprová-la e, agora, a questão é implementá-la nas empresas”, enfatizou a ministra, ressaltando o compromisso do governo em buscar soluções democráticas para as demandas de gênero.
Já secretária da Mulher e Gênero da Força Sindical, Maria Auxiliadora, destacou a relevância do evento, reunindo mulheres sindicalistas, militantes e trabalhadoras. Ela adiantou que, no dia 1º de março, será realizada a primeira atividade do “Março Mulher”, com panfletagem em frente à estação do Metro/Trem do Brás (SP), buscando informar e conscientizar a sociedade sobre as pautas de interesse das mulheres.
A economista Marilane Oliveira Teixeira complementou o evento com uma palestra sobre ações para implementar a Lei de igualdade salarial entre homens e mulheres nas convenções coletivas. Marilane ressaltou que, apesar das mulheres serem, em sua maioria, mais qualificadas que os homens, continuam recebendo remuneração menor. “O movimento sindical tem papel fundamental para identificar e cobrar que as empresas cumpram o que é determinado na Lei”, acrescentou Marilane.
O Sinthoresp reafirmou seu compromisso em fortalecer a voz das mulheres, garantindo autonomia econômica e condições de trabalho justas. Acreditamos que é por meio da união e representatividade que podemos alcançar conquistas significativas para as mulheres em nosso setor. Continuaremos firmes na defesa dos direitos das mulheres, contribuindo para um futuro mais igualitário e justo.
Com informações da Força Sindical