“Temos de combater a cultura do ódio que está muito forte no País. Não podemos deixar que esse discurso contamine o processo eleitoral. Para tanto, os setores democráticos, incluindo o sindicalismo, precisam somar forças, estimular o debate e enfrentar, com firmeza, a intolerância”. A declaração é de José Eduardo Cardozo, professor de Direito da PUC, ex-vereador, ex-deputado Federal e ex-ministro da Justiça do governo Dilma.
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Ex-ministro Cardozo com Calasans e os diretores Lima, Josuel e Luizinho.
Nesta segunda, 14, ele visitou nosso Sindicato onde concedeu entrevista ao programa de TV do Sinthoresp. “Velho amigo da nossa casa”, como o define nosso presidente Francisco Calasans Lacerda, o ex-ministro também criticou os ataques do governo Temer aos direitos dos trabalhadores e ao custeio das entidades de classe. “Tudo feito em diálogo, à base da imposição”, ele diz.
Para o ministro, que foi um dos auxiliares mais próximos da ex-presidente Dilma, “o tempo dirá quais as forças, inclusive internacionais, se juntaram para derrubar a presidenta eleita pelo voto do povo”. Na opinião de José Eduardo Cardozo, existem fortes sinais de que forças contrárias à soberania nacional tinham interesse em interromper um ciclo de governos progressistas, iniciado com Lula, que não se submetiam aos ditames do mercado.
Sindicalismo – Os ataques a direitos, ao custeio e aos movimentos sociais, segundo o ex-titular da Justiça, devem ser enfrentados com unidade pelo sindicalismo, que, em sua opinião, deve também buscar apoio de outros setores democráticos da sociedade.
Estado mínimo – Quanto aos rumos do governo Temer, o professor José Eduardo Cardozo denuncia o desmonte do Estado. “Querem nos deixar com o Estado mínimo, submetido apenas às forças do mercado e sem condições de proteger a sociedade e promover a inclusão social necessária”, ele diz.