Dr. Arouca comenta sua trajetória em defesa dos trabalhadores
O advogado trabalhista José Carlos Arouca foi entrevistado no Programa do Sinthoresp. O renomado jurista e escritor falou da sua trajetória e das décadas de atuação junto à nossa categoria.
Segundo o dr. Arouca, a área trabalhista sempre foi sua paixão. “Quando me formei, ninguém queria fazer Direito trabalhista. Mas eu sempre gostei”, conta.
O advogado ingressou no sindicalismo em 1961, no Sindicato dos Padeiros de SP. Daí em diante passou a atuar em muitas entidades. Uma de suas paixões é a sustentação oral no Tribunal. Ele rememora: “Nem almoçávamos. Só comíamos lanche. Íamos pra Justiça do Trabalho e fazíamos até cinco audiências. Quando terminava o expediente, íamos examinar petições”.
Dr. Arouca sofreu perseguição da ditadura. Sindicatos e Federações também foram vítimas. “O regime fechou Sindicatos, fui preso e processado. Eu era advogado dos Químicos, em São Miguel. Quando tive condições, montei escritório lá”.
Vitórias – No Sinthoresp, o dr. José Carlos Arouca atua desde a década de 70. Ele fala das conquistas para a categoria. O advogado foi um dos responsáveis pela obrigatoriedade do fornecimento gratuito e manutenção dos uniformes dos garçons. “Isso hoje se tornou cláusula comum em qualquer acordo coletivo de trabalho”, observa.
Gorjeta – Outra vitória foi a criação da Comissão da Gorjeta. Arouca conta que não havia como controlar a distribuição da taxa de serviço, feita por pontuação. Funcionários que atendiam diretamente o cliente tinham pontuação maior que os da cozinha, limpeza e outros.
Segundo o advogado, em alguns estabelecimentos assinava-se o recibo só com o Piso. Portanto, a gorjeta servia pra completar o salário. Ele diz: “Pensando nisso, conseguimos, por meio de vitória judicial, a criação de Comissão, com estabilidade, pra fiscalizar o recebimento e a distribuição da gorjeta”. “Essas comissões existem até hoje”, ele afirma.
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