LONDRES, 25 Fev (Reuters) – Sindicatos de trabalhadores e uma organização beneficente acusaram a rede de fast food McDonald’s de evitar o pagamento de cerca de 1 bilhão de euros em impostos entre 2009 e 2013, ao direcionar receitas através de uma unidade em Luxemburgo, e instaram a Comissão Europeia a investigar o caso.
A evasão fiscal por parte de empresas tornou-se um assunto político quente na Europa e o braço executivo da UE abriu investigações sobre acordos fiscais que alguns países fecharam com multinacionais, incluindo acordos entre Luxemburgo e a montadora Fiat e a varejista online Amazon.com.
Organizações que reúnem sindicatos que representam milhões de trabalhadores nos Estados Unidos e na Europa e a organização beneficente War on Want pediram à Comissão para expandir a investigação para incluir o McDonald’s.
A Federação Europeia de Sindicatos de Serviços Públicos e o Sindicato Internacional de Trabalhadores de Serviços disseram que o McDonald’s economizou em impostos ao determinar que unidades pagassem royalties dedutíveis equivalentes a 5% do faturamento a uma subsidiária em Luxemburgo, que paga menos impostos.
Uma porta-voz do McDonald’s disse que a rede tinha cumprido todas as regras fiscais aplicáveis e que “além de pagar impostos sobre os lucros, nós pagamos impostos significativos em contribuições sociais dos empregados, impostos sobre a propriedade de imóveis e outros impostos exigidos por lei”.
(Por Tom Bergin em Londres e Foo Yun Chee em Bruxelas)
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