A cada dia mais pais e mães de família do nosso setor têm enfrentado dificuldades para se manter durante a pandemia. O fechamento compulsório dos estabelecimentos resultou na falência de diversas casas, na suspensão de contratos de trabalho e em muitas demissões. Sem apoio efetivo do governo e com perspectiva da vacinação em massa ainda distante de se tornar realidade, o Sinthoresp recorre mais uma vez para às autoridades políticas de São Paulo, por meio de ofícios, pedindo atenção especial para os trabalhadores.
No texto, nosso presidente Francisco Calasans Lacerda e o secretário geral, Rubens da Silva, pedem ajuda humanitária e social. “Nosso apelo não é meramente uma preocupação econômica, embora esta também se justifique, uma vez que a situação das empresas seja preocupante, mas, sobretudo, um pedido de socorro de cunho social. A situação dos empregados do setor é dramática”, diz o documento.
Calasans e Rubens também chamaram a atenção para dados extraídos de relatório encomendado pelo Sinthoresp ao Dieese. Segundo o texto “ao final de 2019, a categoria contava com pouco mais de 363 mil vínculos de empregos registrados na base da RAIS, distribuídos entre 35.623 estabelecimentos. Hoje, 40% dessas pessoas perderem os seus postos de trabalho e muitas delas já cruzaram a linha da pobreza”.
Os diretores esclareceram no ofício que nossa categoria entende a gravidade da pandemia e que o setor tem colaborado e investido desde o início em recursos para garantir a segurança de trabalhadores, clientes e da sociedade e desabafaram: “Com a suspensão das atividades do setor, sentimo-nos duramente penalizados por cumprir com nosso dever de servir bem e com segurança, visto que muitos serviços que continuam em funcionamento, e até mesmo aglomerações em eventos clandestinos, colocam diariamente em risco à vida de milhares de pessoas”.
Por fim, o ofício sugere o debate amplo de práticas sustentáveis e emergenciais para proteger as famílias do setor “sob pena de que o vírus não seja o único a ceifar vidas, mas encontre como parceiros a fome, o desalento, o desemprego e a miséria, consequências da falta de incentivo ao emprego e renda”.
Veja as propostas listadas no ofício para a retomada das atividades do setor:
a) A antecipação do término de vigência da Fase Emergencial para o dia 09 de abril de 2021;
b) A modificação dos regramentos da Fase Vermelha do Plano São Paulo, de forma a permitir o funcionamento presencial;
c) Dos restaurantes e similares nas ruas, em todos os dias da semana, das 12h às 16h (horário limite para o recebimento de clientes), em todos os dias da semana. Permissão para as operações de take away e drive thru, das 05h às 20h; Delivery sem limitação de horário;
d) Das lojas comerciais nas ruas das 12h às 16h, em todos os dias da semana;
e) Das lojas em shoppings centers – e, por conseguinte, dos próprios centros comerciais – das 10h às 18h, em todos os dias da semana, sendo que, nesta hipótese, os restaurantes e similares ali instalados acompanhariam os horários respectivos (das 10h às 18h);