Com validade até o dia 30 de junho, a Convenção Coletiva de Trabalho do SINTHORESP está chegando ao seu final. E isso abre uma expectativa enorme na categoria que – como sempre o fez – deposita sua confiança no trabalho sério de nossa diretoria. As negociações entre o sindicato e a oposição avançam!
Para defender os interesses dos trabalhadores hoteleiros, foi formada uma comissão composta pelos diretores do Sinthoresp Rubens Fernandes da Silva, Valdir Farias da Silva, Francisco Erivaldo Bertoldo Mendes, Wellington Cleber dos Santos, Antonio Barbosa Pereira, Reginaldo Carlos de Souza e Haroldo Oliveira. Segundo Rubens, a comissão está empenhada em pedir tudo a que temos direito. “Quando falo em inflação, falo em INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e, por isso, estamos projetando uma pedida na casa dos 25% de aumento”. Mas é possível?
Sim, garantiu Rubens, que acredita que a inflação, na vigência da Convenção Coletiva, deve bater na casa dos 12,64%. “Se isso é inflação, entendemos que houve perda salarial e vamos lutar para essa reposição”, afirmou.
A comissão está levando em consideração que muitos trabalhadores estão migrando para outras categorias em virtude de melhores pisos e jornadas semanais flexíveis. “Hoje em dia, um trabalhador da categoria trabalha aos sábados, domingos e feriados. Dificilmente passa um final de semana em companhia da família. Não podemos nos esquecer também que muitas empresas exigem profissionais bilíngues e não querem pagar por isso”, disse Rubens. Com os megaeventos esportivos que estão por acontecer no país, muitos empresários já começam a enxergar a necessidade de qualificação de mão de obra. “Quem não enxergar assim, perderá o bonde da história”, refletiu o diretor.
Rubens reforça ainda um ponto importante: para que a campanha salarial seja vitoriosa, é imprescindível o apoio dos trabalhadores. “Como o Sinthoresp vai massificar o trabalho de divulgação dessa campanha salarial, os boletins precisam chegar até os patrões e é aí que entram os trabalhadores”. Dessa forma, o diretor convoca a categoria para que tenham acesso a esse material e espalhem pelas empresas. “Com essa mobilização, vamos alcançar nossos objetivos”, reforça.
Essa comissão vai para a reunião com os empresários municiada com dados, argumentos e pronta para instaurar um dissídio coletivo, se for necessário. E, ao finalizar, Rubens Fernandes usou uma frase da música “Canção do Novo Mundo”, do cantor Beto Guedes, que diz que “quem perdeu o trem da história por querer saiu do juízo sem saber. Foi mais um covarde a se esconder diante de um novo mundo”.
A pauta de reivindicações já está fechada. Agora, a comissão eleita na assembleia do dia 26 de março, no auditório do Sinthoresp, conta com todos os poderes para discutir com o setor patronal os avanços do novo piso da nossa categoria. No documento, constam 103 cláusulas, com destaque para a cláusula 28, que diz que “fica vedada a Jornada Móvel e Variável em nosso ramo de atividade, ante sua nocividade para o trabalhador, garantindo-se jornada de trabalho e piso salarial fixo para todos os integrantes da categoria profissional”.