Edson Gustavo Camara dos Santos, de 32 anos, aguardava desde 2005 o parecer da justiça a respeito do processo trabalhista movido contra o Mitsuyoshi Restaurante e Comércio de Alimentos, empresa na qual trabalhou durante sete anos: “Eu era cozinheiro e havia conseguido uma oportunidade de trabalho em outro restaurante. O gerente não estava disposto a fazer nenhum tipo de acordo para que eu saísse, e então eu me demiti. Quando fui receber minha rescisão, o valor referente aos sete anos em que eu trabalhei foi de apenas R$ 120,00 e, ao tentar reclamar sobre esse valor, o responsável pela empresa me disse apenas para ‘correr atrás dos meus direitos’, e foi exatamente isso que eu fiz”.
Por recomendação de um amigo próximo, que já conhecia o trabalho feito pelo nosso sindicato, Edson procurou o Departamento Jurídico do Sinthoresp. “Quando cheguei ao sindicato, fui muito bem atendido. Assim que mostrei minha rescisão para o advogado, ele disse que os valores estavam completamente errados e que eles poderiam me ajudar”, lembrou o trabalhador.
A ação trabalhista movida pelo Sinthoresp desencadeou uma série de audiências. As reivindicações de nossos advogados eram pela correção dos valores recebidos por Edson na rescisão trabalhista e também de indenização por danos morais.
O parecer final da justiça, favorável a Edson, foi anunciado este ano, e os advogados do Sinthoresp entraram em contato com o trabalhador. “Eu estava no trabalho quando recebi a ligação do sindicato, dizendo que eu tinha valores para receber. Quando cheguei aqui, fiquei sabendo que a causa havia sido ganha. Foram sete anos de espera e de lutas, eu cheguei até a desanimar às vezes, mas o pessoal daqui não me deixou na mão. Finalmente deu tudo certo, e a recompensa por tudo isso veio em boa hora”, comemorou Edson.
Antes de sair do sindicato, Edson ainda deixou um recado: “A gente, que trabalha em restaurante, sabe que tem muita gente que fica por anos trabalhando no mesmo lugar e não tem coragem de exigir seus direitos. Muitos, quando saem, acabam ficando com ‘uma mão na frente e outra atrás’, e acham que não têm direito nenhum e que não podem fazer nada, mas vocês têm direitos sim! Não precisa ter medo de patrão ou de gerente. É só vir aqui no sindicato, o atendimento é ótimo e a gente vê o resultado depois”.
Número do Processo: 01778003120055020043