
O Sinthoresp participou, em 10 de dezembro, de um ato no Aeroporto Internacional de Guarulhos contra o fechamento de lojas da Starbucks no Brasil e o não pagamento de verbas rescisórias a ex-funcionários. A manifestação integrou uma jornada internacional de protestos em apoio aos baristas nos Estados Unidos e reuniu entidades sindicais brasileiras e representantes da Service Employees International Union (SEIU).
O protesto percorreu as unidades da Starbucks no aeroporto e denunciou a situação de trabalhadores afetados pela recuperação judicial da operadora responsável pela marca no país, que deixou empregados sem receber rescisão, benefícios e outras verbas trabalhistas.
Sinthoresp no ato
Em nome do Sinthoresp, o diretor Wellington participou do ato representando a categoria de bares, restaurantes, lanchonetes, cafés, hotéis, motéis e similares.
“O Sinthoresp está aqui em nome da nossa diretoria executiva, representada pela presidente Elisabete, apoiando a SEIU na luta dos trabalhadores da Starbucks por melhor qualidade de trabalho, jornada digna e o fim da jornada 6 por 1. Estamos aqui não só pelos trabalhadores da Starbucks, mas por toda a nossa categoria, na área de hotelaria, serviços, bares e restaurantes”, afirmou.
Presença da SEIU
A SEIU esteve presente com uma delegação que acompanha a situação dos trabalhadores da Starbucks no Brasil e articula a mobilização com baristas sindicalizados nos Estados Unidos, que pressionam a empresa pela assinatura de um acordo coletivo.
Rafael, representante da SEIU para o Brasil e a América Latina, destacou que o ato em Guarulhos faz parte de uma estratégia internacional para pressionar a multinacional. Segundo ele, “as empresas são multinacionais, por isso os trabalhadores também precisam fortalecer sua união internacional. Quando a pressão acontece de maneira coordenada, o impacto é imediato”.
Depoimentos de trabalhadoras afetadas
Durante a preparação e a realização do ato, a equipe da SEIU colheu depoimentos de trabalhadoras brasileiras atingidas pelo fechamento de lojas e pela recuperação judicial da operadora da Starbucks no país. Os relatos foram apresentados às entidades e mencionados na mobilização em Guarulhos.
Ellen Rodrigues Eustáquio, ex-barista do aeroporto de Brasília, contou que deveria ter recebido sua rescisão, mas foi informada de que as contas estavam bloqueadas e de que nem o vale-transporte foi pago no último mês de trabalho, o que a levou, junto com colegas, a pedir dinheiro para conseguir voltar para casa.
Já Poliana Rodrigues de Souza relatou que houve uma demissão em massa de madrugada, sem explicação, seguida do aviso de que ninguém receberia as verbas rescisórias por causa da recuperação judicial, situação que, segundo ela, deixou famílias inteiras sem renda.
O Sinthoresp acompanha o caso e coloca sua estrutura à disposição de trabalhadores e trabalhadoras do setor que queiram registrar denúncias ou buscar orientação sobre seus direitos.














