A negociação do novo piso salarial e da nova Convenção Coletiva do Sinthoresp já está em andamento. A comissão de negociação, escolhida pelos trabalhadores em assembleia extraordinária realizada em maio, elencou as principais reivindicações recebidas pela categoria e estruturou uma pauta que foi apresentada recentemente ao sindicato patronal.
De acordo com Rubens Fernandes, diretor executivo do Sinthoresp e presidente da Comissão de Negociação, a primeira preocupação foi garantir a data-base* em 01 de julho de 2015. “Isso significa que, após a finalização da negociação, tudo o que conquistarmos será pago ao trabalhador de maneira retroativa a partir dessa data”, explicou.
Com a data-base garantida, a comissão estruturou as propostas que englobam a manutenção de todas as cláusulas da Convenção Coletiva atual, a melhoria de algumas delas e a inclusão de cláusulas inéditas, que reforcem os direitos dos trabalhadores.
Aumento salarial
Outro ponto que está na pauta de negociação e que é motivo de grande expectativa por parte dos trabalhadores é o reajuste salarial. Rubens garante: “estamos determinados a manter o poder de compra dos salários que são pagos à nossa categoria. Disso não dá para abrir mão!”. A proposta de aumento apresentada pelo Sinthoresp aos patrões, segundo o diretor, exige que a atualização dos salários leve em conta o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) no último dia 08/07, acumulou alta de 9,31%. “Precisamos buscar um aumento real, e é isso o que estamos levando para a mesa”, define.
O sindicato patronal também já convocou sua Comissão de Negociação para discutir e avaliar o pleito dos trabalhadores. De acordo com Rubens, o fechamento do acordo depende da disponibilidade dos empresários para realização das reuniões entre as duas comissões. “Estamos tomando todos os cuidados para que tenhamos nossas reivindicações atendidas e, se eles disserem que não vão negociar, aí sim partiremos para o dissídio coletivo”. Ele explica que o dissídio é uma decisão judicial e só ocorre quando não há concordância entre as partes durante a negociação. Quando isso acontece, o sindicato leva a pauta de reivindicações para o judiciário, o tribunal faz o julgamento e emite uma sentença que deverá ser cumprida por todas as partes envolvidas.
O diretor reforça que a participação dos trabalhadores é fundamental neste momento. “Estamos confiantes e é necessário que haja uma mobilização de toda a categoria para que os empresários saibam que é preciso negociar, abrir mão de algumas coisas para garantir a permanência e satisfação de sua mão de obra”, finalizou.
Na próxima edição do Informativo Sinthoresp, você acompanhará a cobertura completa sobre a nova Convenção Coletiva e o reajuste salarial.