O trabalhador brasileiro ainda sofre muito com acidentes e doenças do trabalho. Essa situação precisa mudar e o movimento sindical pode ajudar nessa mudança.

“Acidentes de trabalho têm crescimento alarmante”, diz presidente do Diesat
Quem faz tais observações é o metalúrgico Elenildo Queiroz Santos (Nildo), que preside o Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho (Diesat). Ele também coordena o Departamento de Saúde e Segurança do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região.
Para falar desses temas, Nildo foi entrevistado no Programa de TV do Sinthoresp. O sindicalista alerta sobre o aumento de vítimas nos últimos anos e chama atenção para a prevenção a acidentes de trabalho.
Segundo Elenildo, “os números de acidentes são altos e preocupantes. Existem várias normas que regulamentam a segurança, mas que deixam de ser cumpridas por falta de atuação do Ministério do Trabalho”. Ele defende: “É preciso fiscalizar e penalizar as empresas para que elas invistam na segurança dos empregados”.
Segundo o Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, entre 2016 e 2017 mais de 1.100 acidentes foram registrados e 4.145 mortes foram notificadas no País. Os dados são baseados em estudos realizados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Auxílio-doença – O técnico em Segurança explica: “Quando o trabalhador entra com um pedido na Previdência por afastamento, ele é registrado como auxílio-doença. O que muda é a espécie do benefício. Ela pode ser do tipo 31 ou tipo 91. Se for emitido no Comunicado de Decisão do INSS o tipo 91, o trabalhador terá mais estabilidade”.
Já se o registro for do tipo 31, o trabalhador será prejudicado. Ele orienta: “Se o auxílio-doença for emitido de forma incorreta, o trabalhador perde parte das garantias e tempo de estabilidade. É preciso ficar atento”.
Diesat – O Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de trabalho é responsável pelas principais pesquisas e estudos sobre a saúde dos trabalhadores. Elas são produzidas em conjunto e com a participação de sindicatos. Conheça: www.diesat.org.br