Mais de 500 mil pessoas não retornaram aos postos de vacinação para tomar a segunda dose da vacina contra Covid-19, de acordo com dados do Governo de São Paulo. A reportagem do Sinthoresp conversou com o Dr. Laerce, médico que coordena nosso departamento médico, para entender o que está por trás da chamada “taxa de abandono”.
Segundo o médico, os fatores que tem afastado as pessoas da vacina são consenso entre os especialistas: a escassez de vacina, que faz com que alguns postos não tenham insumos e quando paciente vai buscar, não consegue se vacinar, o intervalo longo entre as doses, e também as fakes news sobre a eficácia das vacinas e supostos efeitos colaterais. “Por conta das notícias falsas que correm, muitas pessoas não retornam aos postos de saúde”.
Dr Laerce faz um apelo aos trabalhadores da categoria: “Quem está atrasado com a segunda dose não só pode, como deve tomá-la o mais rápido possível. Somente assim a imunização acontecerá de fato”. Ele complementa: É necessário tomar mesmo com a data da segunda dose já tenha passado, pois só com as duas doses a vacina é eficaz”, pontua.
O Dr. Laerce também ressalta a importância de checar os dados no cartão de vacinação: “Como tem várias vacinas, é muito importante observar o tempo de intervalo entre as doses da vacina que foi aplicada. Inclusive, os profissionais que aplicam a dose devem colocar a data completa do período que o paciente deve retornar”, conclui.
Não perca a segunda dose! Para você ficar atento, listamos o tempo entre doses de cada uma das vacinas que são aplicadas no Brasil para que você possa consultar o prazo, confira:
Coronavac: Intervalo entre doses de 21 a 28 dias.
Oxford-AstraZeneca: Intervalo entre doses de 3 meses.
Pfizer: Intervalo entre doses de 3 meses.
Ainda não se vacinou e quer saber quando poderá? Consulte aqui o cronograma de vacinação do Estado de São Paulo.