O Sinthoresp realizou, em 20 de março, uma Assembleia Geral Extraordinária em sua sede central, que marcou oficialmente a transição da presidência e a recomposição da diretoria executiva após o falecimento de Francisco Calasans Lacerda, no último dia 26 de fevereiro. Com forte presença de associados, dirigentes e representantes da base, a assembleia foi conduzida com transparência e referendou, por aclamação, a nova composição da diretoria, em conformidade com os critérios estabelecidos internamente pela entidade.
A mesa da assembleia foi composta por Elisabete dos Santos Cordeiro, que assumiu a presidência do sindicato, Rubens Fernandes da Silva, Valdir Farias da Silva, Manoel Gonçalves Lima, João Freire Lima, Edimundo Alves dos Santos e o presidente da Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo (Fetrhotel), Cícero Lourenço.
Manifestações da mesa
Coube a Rubens Fernandes da Silva apresentar o processo de recomposição da diretoria conforme o edital, explicando que a sucessão seguiu a ordem de hierarquia da chapa eleita. Com a vacância da presidência, a vice-presidente assumiu o cargo, e os demais postos foram ajustados internamente, incluindo o ingresso do primeiro suplente no cargo de segundo-secretário. A nova composição e a atualização da suplência foram submetidas à assembleia para referendo.
Em uma manifestação simbólica, Valdir Farias da Silva fez um apelo pela aprovação da proposta apresentada: “Tenho certeza de que o presidente Calasans deixou um legado extraordinário, e como a Bete vai dar sequência — uma mulher, uma guerreira — ela vai precisar do apoio da gente”, afirmou.
O presidente da Fetrhotel, Cícero Lourenço, reforçou o papel institucional do Sinthoresp e a necessidade de estabilidade no momento atual: “O que está sendo feito aqui hoje é o que precisa ser feito. A diretoria se reuniu, analisou a situação, fez a recomposição dos cargos, e agora apresenta isso à assembleia. Isso é democracia. Não é hora de briga por cargo, é hora de garantir que o sindicato continue representando os trabalhadores com seriedade.”
Manifestações da plenária
As manifestações da base também tiveram amplo espaço e refletiram a diversidade de opiniões presentes na assembleia. A escuta atenta por parte da mesa e a abertura ao debate reforçaram o compromisso da entidade com a participação e o diálogo.
Dona Neusa foi a primeira a se manifestar. Declarou apoio à nova presidente e pediu respeito à condução dos trabalhos: “Conheço a Elisabete, admiro muito. É preciso ter respeito pela nossa presidente.” Na sequência, Melo elogiou a atuação da diretoria durante a pandemia e parabenizou a iniciativa dos calendários com imagens dos próprios trabalhadores, classificando a ação como valorização da base: “Hoje, nos calendários, estão os trabalhadores. Ninguém sabia o que era regional, o que era trabalhador. Hoje, isso é valorizado.”
Na continuidade das falas, o diretor Honorato, também conhecido como Branco, se apresentou como interessado em ocupar a vaga de segundo-secretário e sugeriu que a votação da assembleia fosse feita por meio de voto secreto. A proposta foi acolhida e a mesa colocou a questão em deliberação. Por ampla maioria, a plenária optou por manter a votação por aclamação e confirmou a diretoria conforme apresentada no edital.
Gregório, trabalhador da categoria desde os 21 anos de idade, destacou seu vínculo com o sindicato e afirmou considerá-lo uma segunda casa. Manifestou apoio à continuidade da diretoria, entendendo que mudanças devem ocorrer apenas nas eleições: “Esse não é o momento de mudar. É de continuar o que foi deixado. Quando chegar a eleição, aí sim é a hora de decidir.”
Darly levou à plenária reivindicações da categoria, como a necessidade de modernizar os atendimentos e implementar recursos como reservas online. Relatou que trazia posicionamentos de grupos organizados de trabalhadores que desejavam melhorias práticas nos serviços.
Sérgio manifestou apoio à nova diretoria e fez um apelo por união. Disse que disputas internas por cargos não devem desviar o foco da luta pelos direitos da categoria, sobretudo diante da proximidade da campanha salarial: “Temos que brigar por aumento de salário, para melhorar o bem-estar das nossas famílias.” Ressaltou a importância de representantes sensíveis e comprometidos com os trabalhadores e elogiou a nova presidente, afirmando que sua trajetória e postura indicam capacidade para dar continuidade ao trabalho de Calasans.
Valdson concluiu as falas da base com apoio à nova diretoria e reconhecimento ao trabalho coletivo da entidade. Destacou a importância de valorizar quem já atua na estrutura sindical e ressaltou a representatividade da nova presidente: “Estamos diante de uma diretoria exemplar. Parabéns, Beth. Está no lugar certo.”
Nova composição da diretoria
A nova diretoria executiva foi então confirmada com a seguinte composição: Elisabete dos Santos Cordeiro (presidente), Rubens Fernandes da Silva (vice-presidente), Valdir Farias da Silva (secretário-geral), Manoel Gonçalves Lima (primeiro-secretário), Francisco Erivaldo Bertoldo Mendes (segundo-secretário), João Freire Lima (tesoureiro-geral) e Edimundo Alves dos Santos (primeiro-tesoureiro). A suplência foi recomposta com os nomes de Wellington Cleber dos Santos, Luiz Antônio do Nascimento, Darly Alves de Abreu, Benjamin José Resende Monteiro, Adalberto Jorge da Silva, Fábio Fernandes de Almeida e André Ferreira da Rocha.