Nesta segunda-feira, 29 de junho, o Sinthoresp, trabalhadores, autoridades e diversas centrais sindicais se reuniram na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em uma audiência pública pala discutir sobre o (PLC) 30/2015, que dispõe sobre a terceirização em todas as atividades nas empresas.
A audiência, presidida pelo senador Paulo Paim, faz parte de um projeto de debates promovido por ele, cujo objetivo é percorrer os estados brasileiros até o final de julho para tratar do tema. Atualmente, o projeto de lei está na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH), na qual o senador Paulo Paim é relator.
“É uma cruzada que estamos fazendo com as centrais sindicais, as confederações e com o fórum de defesa dos trabalhadores. Já passei por Minas, pelo Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, pelo Paraná, por Santa Catarina e agora São Paulo, e eu saio daqui com mais energia para viajar o resto do país”, disse o senador.
O presidente do Sinthoresp, Francisco Calasans Lacerda, ratificou seu apoio à iniciativa do senador: “Uma audiência pública como essa, em que comparece tanta gente, significa que a campanha contra a terceirização é de grande força. A liderança do senador Paulo Paim é de suma importância, uma vez que ele está promovendo este movimento no país que torna o momento importante e histórico”.
Moacyr Tesch, presidente da Contratuh, também discursou durante a audiência e falou que o projeto de lei, da forma como está sendo colocado, é um retorno à escravidão. “As poucas conquistas dos trabalhadores serão acabadas se a terceirização for aprovada”, sentenciou.
“A audiência de hoje foi importante para o conjunto da classe trabalhadora. O senador Paulo Paim está de parabéns por ter tomado essa iniciativa em todos os estados do Brasil, é algo inédito e importante, porque faz o movimento popular e sindical se envolver na defesa dos seus interesses”, afirmou o presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores de São Paulo, Luiz Gonçalves.
Por fim, o senador reafirmou seu compromisso de barrar o projeto e garantiu que toda a mobilização continuará até que o senado vote pela rejeição do projeto de lei.
Vale lembrar que a proposta percorreu e foi aprovada na Câmara dos Deputados como PL 4.330, e atualmente tramita no Senado Federal.