Nesta quarta-feira (28), as maiores centrais sindicais do país participaram de um ato na Avenida Paulista pedindo a revogação das recentes medidas provisórias que alteraram as regras de concessão do seguro-desemprego, pensão por morte e auxílio-doença.
Em comemoração ao “Dia Nacional de Lutas por empregos e direitos”, o encontro mobilizou centenas de trabalhadores contra as medidas 664 e 665, anunciadas no final do ano passado pelo governo federal, que estabelecem, no mínimo, 18 meses para os desempregados acessarem o seguro-desemprego. Essa nova ordem cria regras mais rígidas para o recebimento de pensão por morte e dificulta o pagamento dos abonos do PIS e do seguro-defeso para pescadores.
O protesto foi organizado pela Nova Central Sindical dos Trabalhadores, Central Única dos Trabalhadores, Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, União Geral dos Trabalhadores, Central dos Sindicatos Brasileiros e movimentos sociais.
O Sinthoresp luta ao lado de outros sindicatos pela manutenção dos direitos e benefícios dos trabalhadores. O presidente da Nova Central Sindical de SP, Luiz Gonçalves, disse que o posicionamento da entidade em relação à arbitrariedade das novas medidas é total: “A Nova Central está engajada na luta para derrubar essas medidas provisórias porque entendemos que ela é um ataque à classe trabalhadora. É uma minirreforma trabalhista e previdenciária, e nós não devemos aceitar isso pacificamente. Junto com todas as centrais sindicais e com o movimento popular, vamos acabar com essas medidas e exigir do Congresso Nacional uma posição firme contra isso”, declarou.
A palavra de ordem que marcou a manifestação -nem que a vaca tussa– fez uma referência a uma frase proferida pela presidente Dilma Rousseff na campanha pela reeleição, dizendo que “os direitos trabalhistas não seriam flexibilizados nem que a vaca tussa”.