No último dia 27/11, o Sinthoresp participou da Reunião da Comissão Extraordinária Permanente de Defesa dos Direitos das Crianças, Adolescentes e Juventude, que discutiu a exploração de mão de obra de jovens do ramo da alimentação, após denúncia do Sinthoresp contra a Jornada Móvel e Variável, aplicada pela rede de fast food McDonald’s .
Durante a mesa de discussões presidida pelo Vereador Floriano Pesaro, a Comissão abordou, a partir do ponto de vista da Câmara, do Ministério Público, de especialistas e de representantes dos trabalhadores, o panorama atual das condições às quais os jovens e adolescentes são expostos.
Em suas considerações iniciais, o vice-presidente do Sinthoresp, Gilberto José da Silva, reforçou que “não é mais possível admitir esse tipo de exploração e desrespeito à juventude, tão pouco aos direitos conquistados pelos trabalhadores e que regem a CLT. Esse tipo de atitude é vergonhosa e fere a nossa democracia e o nosso direito de cidadãos”, afirmou.
Na prática da Jornada Móvel e Variável, os jovens são obrigados a ficar à disposição da empresa e só são remunerados quando trabalham, não recebendo pagamento algum quando ficam sem produzir. De acordo com o professor de direito do trabalho da USP (Universidade de São Paulo), Antônio Rodrigo de Freitas, “esse tipo de prática é abusiva e contraria os princípios da constituição vigente no país, ferindo a moral dos trabalhadores”.
O ex-funcionário do McDonalds Caio Bonavita, 20 anos, relatou que durante os 18 meses em que trabalhou na rede sofreu uma série de explorações e que já chegou a receber apenas R$ 75,00 por um mês todo de trabalho.
Para o juiz trabalhista Mauricio Simões, adotar esse tipo de prática é um retrocesso a tudo o que já foi conquistado em termos de direitos do trabalho.
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