O Café Bistrô, no emergente bairro Anália Franco, Zona Leste paulistana, foi parar no noticiário policial. O estabelecimento, com 41 funcionários, foi palco de agressão praticada por uma das sócias e seu advogado contra funcionário administrativo, injustamente acusado de se apossar de quantia em dinheiro.
Na manhã desta terça (1º), o Jurídico do Sindicato dos Hoteleiros de São Paulo (Sinthoresp) conseguiu com que 40 empregados retomassem suas atividades no Restaurante Cereja Flor Café Bistrô. “Os trabalhadores festejaram muito o retorno ao trabalho. Foi emocionante ver os companheiros entrar para trabalhar, por volta das 9h30, após negociação do Sindicato com uma das sócias da casa”, conta a dra. Valdete Camilo, advogada da entidade.
A história
Na quarta, dia 26, a sócia dos Flávia dos Reis Alves e seu procurador, o advogado Leonardo Souza Costa, acusaram o auxiliar administrativo, de nome Vítor, de haver se apossado de certa quantia em dinheiro. As câmeras de segurança mostram o empregado agredido pelo advogado, que o tentou enforcar. “Tanto assim que no Boletim de Ocorrência constam lesão corporal, injúria, constrangimento ilegal e tentativa de homicídio”, lembra a dra. Valdete, ressaltando que o agredido não reagiu – B.O. lavrado na 20ª Delegacia.
Segundo a advogada, “o manuseio de dinheiro do próprio estabelecimento, dentro da empresa, ou mesmo em agência bancária, é parte da função que Vítor exerce no Café”.
A acusação, sem base, se torna injuriosa, tendo em vista que o montante seria utilizado na compra de água para os próprios empregados locais.
Retorno – Após a agressão, a sócia fechou o estabelecimento, impedindo o trabalho dos empregados. A dra. Valdete explica: “A ruptura só poderia ocorrer mediante aviso prévio indenizado e respeito ao que estipula a lei ou a Convenção Coletiva”. Ante a unilateralidade do ato, o Sindicato conseguiu fazer os empregados retomarem ao trabalho.
Presença – Desde que avisado da agressão e do impedimento dos empregados ao trabalho, o Sinthoresp entrou em campo. Na manhã desta terça, a ação sindical foi coordenada pelo vice-presidente Gilberto da Silva.
A advogada Valdete conclui: “O fato motivador foi a agressão física a um emprego. Mas a ação sindical se deu no coletivo, buscando preservar o direito e a dignidade do conjunto de trabalhadores do local”.
Mais informações – Rosana Grants (assessora de imprensa): 99503.8416
Vídeo – O Portal R7 foi um dos veículos a noticiar a agressão. Clique e assista.